sexta-feira, setembro 28, 2007

o eixo Teerão-Caracas



Ao que parece, não bastaram os acordos de 8.000 milhões de dólares (6.096 milhões de euros) firmados entre os chefes de Estado iraniano e venezuelano. A verdade é que a aliança entre os dois países começa a tornar-se cada vez mais sólida.

Hugo Chávez recebeu ontem Mahmud Ahmadinejad, desafiando na madrugada desta sexta-feira o "imperialismo" dos Estados Unidos, numa breve visita que o líder iraniano realizou ao seu maior aliado das Américas. Ahmadinejad, acabado de chegar de La Paz, na Bolívia, e de uma viagem à sede da ONU (em Nova Iorque), deixou um aviso a Bush: "Resistiremos até o final ao imperialismo. Com a graça de Deus sairemos vitoriosos".

Esta visita ao palácio presidencial de Miraflores vem reforçar a ideia, que o presidente norte-americano tem vindo a defender, de que Chávez está a procurar transformar a Venezuela num "abrigo para terroristas".

Às palavras de Lee Bollinger, reitor na Universidade de Columbia, que caracterizou o líder iraniano como um "pequeno e cruel tirano", o presidente venezuelano respondeu que Ahmadinejad é, "em vez de pequeno, (...) um dos grandes lutadores anti-imperialistas desta era mundial".

Agudizam-se os discursos do eixo Teerão-Caracas contra Whashington, numa altura em que o próprio George W. Bush tem procurado tranquilizar os ânimos entre o ocidente e mundo árabe, ao ter convidado a Síria para discutir o futuro da Palestina.

hoje é dia...



É um duelo com já alguns anos. Um duelo que termina hoje, seja qual for o seu resultado. Um duelo que vai escolher o candidato do PSD às eleições legislativas de 2009. Um duelo que decidirá uma liderança, entre mudar ou manter o partido com está.

Foram semanas e semanas de discussão, em que talvez se tenha discutido pouco os projectos de cada candidato e mais as quotas - pagas ou não - e os militantes com capacidade eleitoral.

Passou o país inteiro a saber que, no PSD Açores, nunca foi preciso pagar quotas nem mostrar o B.I. para poder votar, que se pode retirar direito de voto a uns, por as suas quotas terem sido pagas por terceiros, mas atribuir-se esse mesmo direito, à última hora, a outros que não as pagaram.

Ficou, no fundo, o país inteiro a saber que a política pode, por vezes, resumir-se a trapalhadas atrás de trapalhadas, com o exclusivo objectivo de se ser candidato a primeiro-ministro. Ficou ainda o país inteiro a saber que a chegada de José Mourinho à Portela tem mais importância para o país do que a opinião de um antigo primeiro-ministro sobre a disputa à liderança do maior partido da oposição. Além de termos todos concretizado o sonho de aprender onde se situa a cidade de Maringá...

À imagem do país, o PSD tem passado, nestes últimos meses, momentos demasiado difíceis, que têm deteriorado a sua reputação e, em consequência, o seu futuro.

Esperemos que tudo se resolva hoje à noite, a bem do partido e a bem do nosso país.

quinta-feira, setembro 27, 2007

coragem, combatividade, determinação

bem!



Diga-se o que se disser sobre o político ou sobre a pessoa, a verdade é que Pedro Santana Lopes foi primeiro-ministro e deve ser tratado com o respeito que aquele cargo merece.

A chegada de José Mourinho ao aeroporto é um tema de "lana caprina" que não aquece nem arrefece a vida política do país - que deverá prevalecer sobre qualquer notícia desportiva.

Uma coisa seria um qualquer jornal sensacionalista utilizar a chegada do treinador como "headline", outra completamente diferente é um canal televisivo com a consagrada qualidade da SIC Notícias fazer opções editoriais desta feição. A SIC Notícias agiu mal, errou e deveria pedir desculpa, não se limitando a assumir unicamente que "lamenta" o sucedido.

O "Special One" que me perdoe, mas não é mais importante do que a situação política nacional.

Embora o desporto nos tenha dado imensas alegrias, Portugal não é só futebol. E se houver alguém que pense o contrário, então é porque "o país está [mesmo] doido!"

Se eu estivesse no lugar de PSL, ontem à noite, não teria feito melhor.


Comentário deixado, por nós, hoje em psicolaranja.blogspot.com

sexta-feira, setembro 21, 2007

ler com sotaque à Mourinho

"If I wanted an easy job, I would have stayed at Porto – beautiful blue chair, the Champions League trophy, God, and after God, me."

José Mourinho, Julho 2004

o 'preço certo'...



Não vamos falar de Mourinho, mas das capas dos jornais desportivos de hoje:

Record: "Podre de Rico - € 30.000.000,00"
A Bola: "Mourinho leva 24 milhões"
O Jogo: "Recebeu 26 milhões para ficar calado"

Será assim tão difícil fazer a conversão de Libras para Euros?

o governo 'offline'



O primeiro-ministro deu início ao debate da Nação de hoje com mais um discurso de propaganda do seu plano tecnológico. Falou nos serviços públicos online e insistiu que Portugal é o sétimo melhor país do mundo no estudo de e-Government da Brown University.

José Sócrates, que ganhou as eleições prometendo um "choque tecnológico", está realmente a cumprir essa promessa. Esquece-se, contudo, que também prometeu mais emprego para os portugueses, mais crescimento económico e uma melhor qualidade de vida para todos. Propostas que, de entre muitas outras, ainda não o vimos pôr em prática.

É, de facto, importante estar na 7.ª posição na lista de países com serviços públicos online, mas essa posição de Portugal somente poderá demonstrar um alto grau de desenvolvimento se os portugueses tiverem emprego e, em consequência, dinheiro para pagar o acesso à internet. Terá, porventura, o sr. primeiro-ministro consciência de quantas são as pessoas que têm possibilidades de aceder aos serviços públicos através da world wide web?

José Sócrates tem de conhecer o país em que vive. Ora, se foi ele próprio que admitiu que havia uma grande quantidade de portugueses a sobreviver no limiar da pobreza, que descaramento é vir agora dizer na cara dessas pessoas que os serviços públicos online são a prova de que vivemos num país desenvolvido. E todos sabemos que não é a prova-provada, mas unicamente um mero indicador, muito longe de servir de prova de crescimento económico e de qualidade de vida. É necessário somá-lo com todos os outros!

O sr. primeiro-ministro que vá às perdidas aldeias de Trás-os-montes, ao Alentejo profundo, à sua própria região - a Beira -, ou mesmo às ruas da noite lisboeta, que se enchem de gente que dorme nas esquinas, com pedaços de cartão...

De que vale vangloriarmo-nos de ser o segundo melhor país da Europa com serviços na internet, se só o primeiro-ministro e mais um grupo de pessoas (a que, por acaso, temos a felicidade de pertencer) podem aceder a eles?

O "choque tecnológico" é a única promessa do PS que está a ser cumprida, por ser a mais fácil. Falta tudo o resto... e nisso, o governo está absolutamente offline!!!

sexta-feira, setembro 14, 2007

flash...?



No dia em que o novel primeiro-ministro britânico recebeu a baronesa Margaret Thatcher de volta ao n.º 10 da Downing Street, a agência de publicidade que sempre acompanhou as campanhas do Partido Conservador - Saatchi & Saatchi - mudou de lado, ao lançar um outdoor com a simples frase "Not flash, just Gordon."

O objectivo será mostrar que o líder trabalhista não é um super-herói, mas sim ele mesmo - o Gordon.

Até nem é uma ideia mal conseguida, embora possa cair no limiar do ridículo.

quinta-feira, setembro 13, 2007

uma grande ideia

desfecho à portuguesa...



Foi mais um empate. Estamos agora a dois pontos e menos um jogo que o segundo classificado do nosso grupo. São as famosas contas a que a nossa selecção já nos habituou, para atingir a qualificação para a fase final de qualquer competição.

É possível e até somos capazes de lá chegar. No entanto, deixámos, mais uma vez, a imagem de uma equipa que parece não querer ganhar, que entra em campo a pensar que o jogo já está decidido, que se esquece que do outro lado está uma selecção que quer fazer boa figura frente a nós e marcar golos.

Podemos culpar o árbitro, mas a nossa obrigação, enquanto cabeça de série do grupo, seria estar a vencer por duas bolas a zero no momento em que o adversário marcou aquele "alegado" golo, de posição de fora-de-jogo. Os árbitros falham, são humanos. É estranho que seja sempre o mesmo árbitro e que seja sempre contra nós. Contudo, o mesmo acontece com outras equipas e é obrigação de qualquer selecção de primeiro nível estar preparada para erros dos árbitros.

Este é mais um episódio que nos faz recordar o golo de Ronny ao Sporting. Há erro do árbitro, mas os jogadores e os treinadores tem de estar preparados para isso. Deixem os árbitros errar, mas não errem eles. E marquem golos. Só assim se vence.

Mesmo assim, mais do que falhar nos momentos decisivos, mantém-se a nossa imagem agressiva. Mantém-se a tradição dos deprimentes desfechos de partidas à "batatada" e que demonstram um enorme mau-perder.

Desta vez não foi Paulinho Santos, não foi João Pinto, nem Nuno Gomes ou Sá Pinto. Aliás, não foi nenhum português. Foi um treinador que é considerado um dos melhores do mundo e que, sendo o funcionário público mais bem pago do nosso país, nunca poderia ter agido da forma como agiu.

Talvez Scolari esteja ansioso por deixar Portugal e rumar a Inglaterra, mas não será certamente bem recebido em terras de sua majestade se se continuar a comportar desta forma.

Faltam ainda quatro jogos - quatro finais, como dizem os especialistas na matéria -, que temos de ganhar.

quarta-feira, setembro 12, 2007

novidade



É o novo outdoor da JSD, que foi hoje apresentado na rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa.

quinta-feira, setembro 06, 2007

o tenor por excelência



Levou a lírica aos quatro cantos do planeta e tinha o dom de conseguir juntar em palco os mais diversificados cantores e músicos, na iniciativa Pavarotti & Friends.

Luciano Pavarotti nasceu em Modena a 12 de Outubro de 1935 e foi o tenor mais famoso de sempre. O italiano que se tornou no símbolo da ópera e de todo um país faleceu esta manhã, na sua cidade natal, às 5 horas locais.

Dizia querer ser recordado, unicamente, como cantor de ópera.

Os melhores do mundo nunca são esquecidos. E ele era o melhor.

segunda-feira, setembro 03, 2007

lady 'Beefeater'



Pela primeira vez na história, a Torre de Londres tem uma mulher a defender as jóias da coroa britânica. Moira Cameron passou a ser uma Beefeater - função que, há mais de 900 anos, tem sido sempre exercida por homens.

A mulher de armas de que falamos entrou ao serviço da Union Jack (bandeira britânica), com 16 anos e já defendeu as suas cores na marinha e força aérea, sendo agora uma dos 35 guardas de um dos mais importantes monumentos da capital inglesa.

Visto ser costume a participação dos Beefeaters nas cerimónias de coroação dos reis ingleses, esta nova aquisição feminina da Torre de Londres espera, certamente, com ansiedade poder assistir a esse momento de tão grande solenidade.

Até porque, como tradicionalmente se ouvia o duque d'Uzès gritar: Le Roi est mort. Vive le Roi! (ou no Reino Unido: The King is dead. Long live the King!)