"Em Abril, águas mil", é costume dizer-se.
No entanto, parece que o costume já não é o que era e a "verdade inconveniente" de Al Gore confirma-se.
O mundo a derreter...
E ao que parece, também algumas verdades [sobre diplomas] se começam a descongelar.
terça-feira, abril 17, 2007
segunda-feira, abril 02, 2007
guerra de palavras
Nestes dias, surgiu na opinião publicada um novo significado para a palavra "otário", que tem sido relacionado com quem concorda com a obra do Aeroporto da Ota...
Otário?
Já agora, quem é apologista das Opas é "opário", não?
E quem gosta de comer ovos... É o quê?
Otário?
Já agora, quem é apologista das Opas é "opário", não?
E quem gosta de comer ovos... É o quê?
antes Opas a Otas...
Apesar de continuar bem decidido e intransigente na sua forma de fazer política, o Governo Sócrates parece, nos últimos tempos, ter perdido a noção do bom senso e daquilo que é melhor para Portugal.
Ora tudo faz para dificultar a abertura da economia nacional, como aconteceu com a OPA da Sonae à PT, ora aposta num projecto de aeroporto em que já ninguém acredita - nem mesmo os próprios membros do Executivo. Não nos esqueçamos, aliás, que Campos e Cunha abandonou as Finanças em desacordo com o Aeroporto da Ota, despoletando a primeira crise deste - aparentemente - tão popular Governo.
E agora surgem novas críticas, de todos os lados. É os que dizem que o aeroporto vai ultrapassar os seus limites num curtíssimo período de tempo (entre 13 a 30 anos), é os que lembram que há mais pássaros na Ota do que na Portela ou em qualquer outra parte do país (o que causará distúrbios ao tráfego aéreo), é os que prevêem que o custo da obra triplique quando os engenheiros se aperceberem que vão construir um aeroporto internacional em cima de um pântano... e mais e mais e mais...
Mas, por outro lado, há quem diga que todos os que gritam "aqui d'El Rey" são meros velhos do Restelo, avessos ao progresso. E que também muita gente criticou o Centro Cultural de Belém mas agora ninguém imaginaria a Praça do Império sem a grande obra de Cavaco. [Apesar da obra, sabe-se lá porquê, continuar a ser subaproveitada pelas entidades que o gerem...]
Neste caso, o problema não é ser-se "avesso ao progresso". Parece-me mais que o grande problema seja a dúvida sobre o porquê de uma obra desta envergadura (quando o défice nacional é excessivo), naquele local (em "cascos de rolha", falando em bom Português), com as condições morfológicas do terreno que já conhecemos (no mínimo, pantanosas).
Por muito menos se critica ainda hoje o Aeroporto de Malpensa, em Milão, que foi contruído a uma distância muito menor da cidade do que a Ota e sem problemas de terreno. Chamaram-lhe um "elefante nel deserto".
Tal como a maioria dos portugueses, começo a ficar preocupado com esta novela. Sei que existirá, indubitavelmente, algum interesse em todo este projecto. Só que me parece que esse interesse não será certamente o interesse nacional.
Sinceramente, continuo a preferir Opas a Otas...
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