quinta-feira, outubro 11, 2007

Nobel no feminino

"Cepticismo, ardor e uma força visionária". Foi por estas três características que a Academia Sueca distinguiu a romancista britânica e antiga militante comunista com o Prémio Nobel da Literatura deste ano.

Doris Lessing rejeita o rótulo de feminista, mas não nega que a experiência feminina é o ponto comum nas suas obras. O seu "The Golden Notebook" foi aliás visto por muitos como o livro fundamental do feminismo dos anos 60.

Nasceu em 1919, na cidade de Kermanshah, na antiga Pérsia, e viveu parte da sua vida na Rodésia (agora Zimbabué), tendo passado por uma escola católica, que abandonou aos 15 anos. Somente no final dos anos 40 se estabeleceu no Reino Unido.

É infindável a lista de prémios que Lessing já recebeu, tal como foi infindável a sua capacidade de superar os problemas de uma triste e difícil juventude.

"The Grass Is Singing", o seu primeiro romance, passa-se na antiga Rodésia e retrata a vida feminina e as políticas raciais naquele território, enquanto colónia britânica. É um livro que nos permite compreender a actual situação complexa de um país que, hoje liderado pelo autoritário Mugabe, não conseguiu ainda lidar com a independência e o respeito pelas diferenças étnicas e culturais.

Não foi em vão que a caracterizaram hoje como uma "contadora épica da experiência feminina que (...) perscruta uma civilização dividida".

O poeta e crítico literário Fernando Pinto do Amaral considerou-a, de entre os vários candidatos, como "uma opção pacífica".

Aos 87 anos, é a 11.ª senhora e a mais velha a receber este prémio.

sem dentes nem vacina



Por enquanto é só até aos 7-8 anos, mas a partir de 2012 passa a ser até aos 15 anos que os jovens espanhóis poderão fruir dos cuidados de saúde oral de forma gratuita.

Revisões periódicas pelos dentistas, instruções sobre dieta e saúde oral, avaliação das cáries e emplastres são os serviços que estarão disponíveis para qualquer criança espanhola, desde Janeiro próximo.

Outro bom vento que chega do país vizinho é a notícia de que já estão garantidas as verbas necessárias para pagar integralmente a vacina contra o papiloma humano, que previne o cancro do colo do útero.

Por cá, à excepção das ilhas, a maior parte das crianças continua longe dos dentistas. Como aliás em quase tudo, o Governo demonstra manter-se despreocupado no que respeita à saúde oral - questão que assume especial relevância na fase do crescimento.

Também quanto à vacina contra o papiloma humano, não se compreende o porquê de esta não ser oferecida, na íntegra, pelo Estado, visto ser um problema que afecta uma grande quantidade de mulheres - também em idade jovem.

É mais uma prova de que, em termos de saúde, o nosso Governo continua a não ter dentes nem a encontrar a melhor vacina para resolver os problemas essenciais.

quarta-feira, outubro 10, 2007

intransigente...

Intransigente, arrogante, insensível e absurda!

(a atitude do Governo na matéria respeitante à mobilidade especial dos professores)