terça-feira, junho 14, 2005

tributo a Eugénio de Andrade

José Fontinhas nasceu a 19 de Janeiro de 1923 em Póvoa de Atalaia, uma pequena aldeia da Beira Baixa, entre o Fundão e Castelo Branco. Filho de uma família de camponeses, chamava-lhes "gente que trabalhava a pedra e a terra".
Figura maior na poesia do século XX, não escondia nas suas obras os fortes laços com a sua mãe. Dizia,"A minha ligação à infância é, sobretudo, uma ligação à minha mãe e à minha terra, porque, no fundo, vivemos um para o outro".
Sem filhos, aqueles que mais amou foram a mãe, com quem partiu em 1956 parte de si e da sua poesia, mas também o afilhado. Ultimamente, devido às dificuldades físicas, era com a ajuda da mãe do afilhado que transmitia para o papel a sua obra.
Agora em paz, fica-nos na memória, simplesmente, como... Eugénio.

1 comentário:

João Annes disse...

Este sim merecia o luto, filósofos e radicais temos muitos, grandes poetas são escassos e devem ser recordados cantando os seus versos com sentimento...