quarta-feira, julho 26, 2006

entre árabes e hebreus


American University de Beirute, nos anos 50
Fonte: misheli.image.pbase.com

Longe vão os dias plácidos em que os jovens aproveitavam as suas aulas de pintura nos jardins da American University da elegante Beirute – famosa pelas suas largas avenidas e chamada “a Paris do Médio Oriente”. Corria o ano de 1953 e, do outro lado dos ciprestes da Universidade, preparava-se o conflito que viria a eclodir cinco anos depois.

Os muçulmanos libaneses tentaram convencer o governo a juntar-se à República Árabe Unida (com o Egipto e a Síria), enquanto os cristãos queriam manter o país alinhado com o Ocidente.

Com a rebelião muçulmana, o presidente Camille Chamoun sentiu-se obrigado a pedir auxílio a Eisenhower, que respondeu em Julho de 1958 com a Operation Blue Bat, que deveria intimidar a ameaça síria e da República Árabe Unida.

Com a missão cumprida, as forças norte-americanas abandonaram o território libanês em Outubro de 1958. No entanto, regressariam em 1982.

A partir do início do conflito israelo-árabe, em 1948, o Líbano tornou-se na casa de milhares de refugiados que deixaram Israel.

Em 1976, a Síria enviou um contingente de 40.000 soldados com o intuito de empurrar a população palestiniana para o sul do Líbano, o mais longe possível da capital. Entretanto, a Síria aproximou-se cada vez mais das forças palestinianas e os cristãos-maronitas passaram a apoiar Israel.

Depois de duas invasões israelitas (em 1978 e em 1982, já com Ariel Sharon como Ministro da Defesa), as tropas hebraicas abandonaram o território libanês no ano de 2000.


Invasão do Líbano em 1982
Fonte: lcweb2.loc.gov

A explosão de um carro, que vitimou o antigo Primeiro Ministro libanês e membro da oposição anti-síria em 14 de Fevereiro de 2005, veio trazer um novo sentimento de instabilidade à pátria dos cedros, que nem a desocupação por parte da Síria de Abril de 2005 resolveu.

Depois dos lançamentos de rockets e morteiros contra as vilas israelitas de Even Menahem e Mattat, por parte do Hezbollah a 12 de Julho deste ano, o Primeiro Ministro israelita Ehud Olmert considerou o ataque como um “acto de guerra”, prometendo uma “dolorosa” resposta contra o Líbano.

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